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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Renan Calheiros é eleito presidente do Senado com ampla maioria


PGR o denunciou por três crimes.

Calheiros foi eleito presidente do Senado pela terceira vez.


Denunciado pelo procurador-geral da República ao STF por peculato, falsidade ideológica e desvio de dinheiro público, o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, elegeu-se nesta sexta-feira (1) facilmente como presidente do Senado.
Ele conseguiu com folga o que vinha negociando há dois anos, mas, por enquanto, a estratégia é evitar os jornalistas. Cinco anos depois de renunciar ao cargo, volta na condição de denunciado pelo Ministério Público Federal pelas acusações que o forçaram a sair em 2007.
Nesta sexta-feira (1), a revista Época trouxe o conteúdo da denúncia que o Ministério Público apresentou ao Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República acusa o senador de peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica. Segundo o MP, ele apresentou notas frias para tentar provar que tinha renda para pagar a pensão de uma filha. A novidade trazida pela revista é que o procurador Roberto Gurgel também acusa Renan de desviar quase R$ 45 mil do Senado.
Antes da votação, Renan falou em ética. “A ética, senhor presidente e senhores senadores, é meio e não fim. A ética é obrigação de todos nós”, discursou. Alheio ao desgaste e com amplo apoio político, Calheiros foi eleito presidente do Senado por 56 votos, contra os 18 do adversário, Pedro Taques, do PDT do Mato Grosso, e duas abstenções.
Já na cadeira de presidente, Renan comandou a eleição da mesa diretora do Senado, e prometeu transparência, redução de gastos e independência do Legislativo.
Reservadamente, aliados de Renan avaliam o risco da gestão dele. O mandato é de dois anos.  O receio é que, nesse intervalo, o Supremo Tribunal Federal decida abrir processo contra Renan Calheiros. O relator do caso é o ministro Ricardo Lewandowski. Ele não tem prazo para decidir, e qualquer decisão que venha a tomar ainda será analisada pelo plenário do Supremo
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