Enquanto para algumas ter orgasmo é algo de alto nível de dificuldade,
para a inglesa Zara Richardson isso é tão fácil que virou um problema.
Ela sofre de Síndrome de Excitação Sexual Persistente (PSAS), o que
torna tarefas rotineiras, como fazer compras e aspirar a casa, atividades altamente excitantes, o que significa que ela pode ter até 500 orgasmos por dia.
— As pessoas acham que eu devo estar em êxtase a cada dia, mas ter orgasmos constantemente está arruinando a minha vida — disse a inglesa ao jornal The Sun.
Ela não tem controle sobre o modo como o seu corpo se sente, o que afeta todos os aspectos da vida:
— Uma simples ação pode me induzir a ter um episódio (orgasmo); é um
modo exaustivo para viver. Muitas vezes acontece quando eu subo as
escadas, passo por redutores de velocidade e sempre quando meu telefone
vibra no meu bolso.
Zara fica muito excitada no supermercado:
— Eu também tenho orgasmo pegando um alimento no supermercado, passando
por portas giratórias e empurrando um carrinho de compras. Acontece até
mesmo quando alguém se senta ao meu lado no sofá.
E assim é o dia inteiro para a inglesa:
— Eu acordo me sentindo excitada e volto para a cama me sentindo da mesma forma.
Ações comuns podem se tornar um pesadelo para Zara:
— Eu posso estar de pé numa fila do supermercado e sentir a PSAS
começar. E não há nada que eu possa fazer para impedi-lo —contou a
britânica.
Viajar é outra situação que pode acabar desconfortável para Zara:
—Viagens de trem são um pesadelo, pois o movimento pode desencadear um ataque.
Ela concluiu que a síndrome lhe trouxe tristeza:
— A PSAS me afastou do sexo e me trouxe depressão — disse Zara.
A doença também atrapalhou seu lado profissional:
— Restaurantes são um pesadelo quando fico um longo período sentada e as
"dores" do orgasmo se acumulam. Eu estava numa entrevista de emprego e a
sindrome veio.
A Síndrome de Excitação Sexual Persistente (PSAS) foi documentada pela
primeira vez como um transtorno médico em 2001. Zara foi diagnosticada
em 2010, depois de sentir-se constantemente excitada.
Ela conta que começou a se sentir excitada o tempo todo por conta da
mudança de hormônios e mesmo depois de ter tido relações sexuais com o
seu namorado na época, Rob, ela nunca se sentia satisfeita.
— O sentimento nunca vai embora. Tentei me distrair fazendo exercício,
tomando banhos quentes ou assistindo a um filme deprimente, mas a
sensação continuou. Depois de dois meses de sofrimento em silêncio, eu
sabia que o que estava sentindo não era normal.
Foi então que ela procurou um médico
— Estava tendo até 500 orgasmos por dia. Isto estava arruinando a minha vida.
O médico receitou leves antidepressivos, analgésicos e
anti-inflamatórios para os dias de crise de Zara. Ela também utiliza
compressas quentes e frias para parar os orgasmos.
— Eu, às vezes, coloco um pacote de cenouras ou ervilhas congeladas
envolto numa toalha sobre minhas partes, porque a frio me faz parar de
querer orgasmos.
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