Um dia depois de receber o emir do Qatar, Hamad bin Khalifa Al Thani, em um almoço reservado em 2010, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira viajou ao exterior em um luxuoso jatinho Gulfstream GV, prefixo N598F. Não está claro o destino nem quem pagou pelo frete.
Esse aspecto nebuloso pode ser a chave para determinar se houve tráfico de influência e corrupção nas relações do Qatar com Teixeira.

Teixeira, Leoz e Grondona integravam em 2010 o Comitê-Executivo da Fifa, órgão que deu ao Qatar o Mundial. A Fifa tem um código de ética e impede integrantes do comitê de receber vantagens ou presentes relacionados à escolha da sede da Copa.
O Gulfstream usado na viagem pertence a uma empresa dos EUA, a Jet Green LLC, com sede na Flórida. O avião é alugado para empresas e custa US$ 21 milhões. O aluguel no trajeto do Rio a Miami custa cerca de US$ 190 mil.
No primeiro semestre de 2010, houve vários encontros entre dirigentes de Brasil, Argentina e Paraguai com autoridades do Qatar. Dados do governo brasileiro, aos quais a Folha teve acesso, mostram os voos com autoridades qatarianas que passaram pelo espaço aéreo do país.
As datas das viagens coincidem com a montagem da estratégia que culminou com escolha do Qatar para 2022.
No caso do voo de Teixeira em 20 de janeiro de 2010, um dia após o almoço com o emir do Qatar, chama a atenção ele ter embarcado em um jatinho que não é da CBF nem em um avião de carreira. A CBF disse desconhecer o assunto.
Fonte: http://www.folha.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário