Nas Ilhas Salomão, um país localizado na no Oceano Pacífico, cerca de 10% da população nativa, de pele negra, tem cabelo naturalmete loiro.
Esse fato derruba qualquer noção simplória que temos sobre raça, pois existem muitos meandros e particularidades que a ciência vai descobrindo aos poucos. Neste caso da ilha, as hipóteses locais eram de que a cor do cabelo desses habitantes louros seria resultado da excessiva exposição ao sol, ou de uma dieta rica em peixe. Outra explicação seria a herança genética de ancestrais distantes — mercadores europeus que passaram pelos arquipélagos.
Todas essas hipóteses foram derrubadas por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, que descobriram que a variante genética responsável pelo cabelo louro dos insulares é diferente da que causa a mesma característica nos europeus.
O geneticista Carlos Bustamante e sua equipe publicaram as descobertas na revista Science. Eles analisaram amostras da saliva de mais de mil habitantes nascidos na ilha, com atenção especial para um subconjunto, formado por 43 louros e 42 pessoas de cabelos escuros, e conseguiram rapidamente identificar um gene responsável pela variação da cor do cabelo chamado de TYRP1 - ele é conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos. Sua variante encontrada nos cabelos louros dos habitantes das Ilhas Salomão não é encontrada no genoma dos europeus.
Nós humanos somos lindamente diferentes e com particularidades únicas, e isso é apenas a ponta do iceberg na genética das raças. Veja algumas fotos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário